Das 9h00 às 18h00 desta quarta-feira, dia 25/09, foram realizados no Hotel Tryp by de Wyndham, os trabalhos do 1° dia de programação do Encontro Mundial do Setor de Pneumáticos Edição 2024.
A abertura oficial ficou a cargo do secretário geral adjunto da IndustriAll Global Union, Kemal Ozkan, que saudou a todos os presentes, agradeceu a direção do Lastik-Is (entidade anfitriã do evento), comentou da necessidade da ampliação da representação feminina nos quadros diretivos da IndustriAll já convidando a companheira Elena Petrosino da Itália para co-presidência do Encontro.
Vale ressaltar que o companheiro Kemal fez questão de frisar a questão da redução drástica da mão de obra na indústria pneumática, exemplificando situações em empresas onde haviam 2 mil operadores e o número caiu para 350.
Ato contínuo, o presidente do Lastik-Is, Alladdin Sarin se disse honrado em receber as delegações das entidades e ressaltou pontos importantes a serem discutidos pelos participantes, tais como: a precariedade do emprego no setor, a terceirização, a rotatividade dos postos de trabalho e a dificuldade da representação sindical em função das barreiras impostas pelos empresários.
Sarin, também afirmou que precisamos aumentar o poder de compra dos trabalhadores que hoje não ganham o suficiente para suprir as suas necessidades e que precisamos de Justiça com o movimento sindical sendo reconhecido e respeitado em todo o mundo.
“Podemos vencer se lutarmos e nesse Encontro vamos fazer importantes contribuições visando a materialização dessa meta, graças a nossa solidariedade”, finalizou Alladdin.
Dando sequência a abertura, foi a vez do companheiro Tom Grinter, Diretor do Setor da Borracha da IndustriAll fazer uma brilhante palestra elucidando diversos pontos que trazem uma conjuntura de incertezas para os trabalhadores das pneumáticas, entre eles: a competição chinesa, a digitalização, fatores geopolíticos, os carros elétricos e as mudanças abruptas dos itens a serem produzidos nas fábricas. Tom também apresentou a situação do mercado mundial de pneus, mostrando números da participação de cada empresa no tabuleiro setorial.
Após os esclarecimentos do companheiro Grinter, foram organizadas 4 mesas redondas com sindicalistas das entidades dos países participantes para discorrerem sobre as tendências em empresas multinacionais do Setor de Pneumáticos e os desafios para os trabalhadores.
A primeira mesa redonda foi sobre a Michelin e contou com representantes da FCE-CDF(França), RWUT(Tailândia), FILCTEM-CGIL(Itália), CEMWU (Indonésia) e USW (Estados Unidos).
A segunda mesa redonda tratou do caso da Bridgestone e teve representantes do SINTRABOR/FENABOR (Brasil), NUMSA (África do Sul) e Algemene Centrale ABVV/ Centrale Generalle FGTB (Bélgica).
A terceira mesa redonda foi sobre a Goodyear e teve a participação da USW (Estados Unidos), IGBCE (Alemanha), SITGM (México) e FSPKEP (Indonésia).
A quarta mesa redonda dissertou sobre a Pirelli/Prometeon e teve representantes da FILCTEM-CGIL (Itália), Lastik-Is (Turquia), Unite the Union (Reino Unido) e SINTRABOR/FENABOR (Brasil).
O nosso presidente Márcio Ferreira apresentou os relatórios dos trabalhadores das indústrias pneumáticas do Brasil, tanto na mesa redonda da Bridgestone acompanhado pelo diretor do SINTRABOR Eduardo dos Santos Lima (Fala Mansa), como na mesa redonda da Pirelli/Prometeon acompanhado pelo vice-presidente do Sindicato dos Borracheiros de Americana Edinelson Azevedo de Souza. Além de abordar os situações específicas de cada empresa do ponto de vista da produção, quantidade de trabalhadores, cláusulas dos acordos coletivos, o presidente Márcio fez questão de frisar que atualmente toda a indústria de pneus instalada no nosso país está ameaçada pela concorrência desleal de produtos importados. Vale destacar também que estão fazendo parte da delegação brasileira, o presidente do Sindicato dos Borracheiros de Sorocaba, Osmir Ratto e o diretor financeiro do Sindicato dos Borracheiros de Americana, Roberto Viger.
Nesta quinta-feira, dia 26/09 teremos o segundo dia de programação onde os debates devem ser aprofundados e propostas devem ser discutidas e deliberadas pelos 130 delegados dos mais de 20 países participantes do evento.